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O HOMEM NAO NASCE BOM: A realidade do pecado na natureza humana.

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.”

Romanos 5:12

Jean-Jacques Rousseau, influente filósofo iluminista, afirmou certa vez: “O homem nasce bom e a sociedade o corrompe”.

Essa ideia se espalhou amplamente nas bases do pensamento moderno, moldando a forma como muitas pessoas enxergam o comportamento humano.

Contudo, essa visão está em completo desacordo com o ensino bíblico. A Bíblia é clara: o homem nasce em pecado.

Ele não é corrompido apenas pelas influências externas, mas carrega dentro de si uma natureza caída que o inclina para o mal desde o nascimento.

O Salmos 51:5 declara: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”

Isso não significa que o ato da concepção é pecaminoso, mas que a natureza do ser humano já é marcada pelo pecado desde o início de sua existência.

Em Romanos 3:10-12 afirma: “Não há justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram...”

Essas passagens mostram que não é a sociedade que primeiro corrompe o ser humano — é o pecado que já habita nele.

Desde criança, percebemos comportamentos que não precisam ser ensinados: mentira, egoísmo, inveja, raiva e manipulação.

Ninguém ensina uma criança a fazer birra ou esconder um erro — ela age assim porque já existe em seu coração a inclinação natural ao pecado.

A raiz de tudo está em Adão. Quando ele pecou, toda a humanidade, sendo sua descendência, herdou não apenas as consequências, mas a própria inclinação ao pecado.

“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação...” Romanos 5:18a.

A doutrina do pecado original nos ensina que todos somos concebidos em um estado de rebelião contra Deus.

Isso explica por que os seres humanos naturalmente resistem ao bem, à verdade e à vontade de Deus, preferindo caminhos egoístas, destrutivos e imorais.

O pecado individual gera impactos coletivos. O egoísmo que está no coração de um homem se manifesta na corrupção, na ganância, na violência, na destruição de famílias e até nas guerras.

Os problemas que enfrentamos na sociedade — desigualdade, injustiça, opressão, imoralidade, crimes, desrespeito à vida — são frutos da natureza pecaminosa do ser humano agindo em larga escala.

O apóstolo Paulo descreve em Gálatas 5:19-21 as obras da carne, que são visíveis na sociedade: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, pelejas, dissensões, heresias...”

Basta olhar ao redor para ver que estamos imersos numa sociedade marcada por tais comportamentos.

Não é possível melhorar o homem apenas com educação, leis ou moralidade. A mudança real vem de dentro — pela regeneração operada pelo Espírito Santo.

Jesus declarou: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus” João 3:3.

O novo nascimento é a obra que Deus faz ao nos alcançar com Sua graça, transformando a nossa natureza e nos dando um novo coração. O apóstolo Paulo escreveu:

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Coríntios 5:17.

Embora estejamos em uma sociedade corrompida pelo pecado, somos chamados a viver de forma santa, como luz e sal da terra.

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente...” Romanos 12:2.

Cristãos não podem viver como se fossem apenas produtos do meio. Fomos libertos do poder do pecado e agora vivemos em novidade de vida, guiados pela Palavra e pelo Espírito de Deus.

Portanto, a frase de Rousseau é atrativa para uma geração que evita assumir responsabilidades morais.

No entanto, a Palavra de Deus revela a verdade sobre o coração humano. O problema não está apenas na sociedade — está em cada indivíduo. Mas graças a Deus, em Cristo temos a solução definitiva para o pecado.

Que esta verdade nos leve à humildade, ao arrependimento e a um compromisso maior com a pregação do evangelho, pois só o poder do evangelho pode transformar o pecador em nova criatura.

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