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NEM SEMPRE O QUE QUERO É O QUE DEUS QUER: Rendendo-se ao plano perfeito.

Todos nós já experimentamos momentos em que nossos planos não saíram como imaginávamos. Oramos, desejamos intensamente algo, fizemos projetos e, de repente, a resposta de Deus foi “não” ou “ainda não”.

Nessas horas, surge a frustração, o questionamento e até a dúvida: “Se eu desejo tanto e não é algo ruim, por que Deus não concede?” A verdade é que nem sempre o que queremos é o que Deus quer.

O Senhor vê além do presente, conhece nosso futuro e nos conduz por caminhos que, embora às vezes dolorosos, sempre cooperam para o bem daqueles que o amam (Romanos 8:28). Jesus nos deixou o maior exemplo de rendição à vontade do Pai.

No Getsêmani, em agonia, Ele orou: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39). O Filho desejava ser poupado do sofrimento, mas submeteu-se ao plano eterno da redenção.

Se até Cristo, em sua humanidade, precisou alinhar sua vontade à do Pai, quanto mais nós precisamos aprender a nos render. Outro exemplo está no apóstolo Paulo. Ele orou três vezes para que o “espinho na carne” fosse retirado, mas a resposta de Deus foi diferente: “A minha graça é suficiente para você, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9).

Paulo queria alívio; Deus queria fortalecimento espiritual. O que parecia uma negativa era, na verdade, uma dádiva maior: experimentar a suficiência da graça. Na prática, render-se à vontade de Deus significa abrir mão do controle. 

Não é fácil, porque nossa natureza deseja dirigir os próprios passos. Mas o Senhor nos lembra: “O coração do ser humano pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Provérbios 16:1).

Quando confiamos no plano de Deus, mesmo sem compreender, experimentamos paz que vai além da lógica. Isso não significa que Deus ignora nossos desejos. Ele se importa com cada detalhe da nossa vida.

Deus nos ama profundamente e, por isso, não se limita aos nossos pedidos, mas nos concede o que sabe ser o melhor para nós. Muitas vezes, Seu “não” é livramento; Seu “espera” é preparo; e Seu “sim” vem na hora certa, para que a bênção não se torne fardo.

Portanto, viver pela fé é aprender a dizer: “Senhor, eu quero, mas acima de tudo, faça-se a tua vontade.” Essa rendição não nos diminui, mas nos coloca exatamente no centro do plano perfeito de Deus.

Em sua vida hoje, você tem insistido em viver pelos seus próprios desejos ou tem aprendido a confiar que o plano de Deus, ainda que diferente, é sempre melhor para cada um de nós?

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