Essa é uma questão que envolve discernimento bíblico e princípios espirituais. O carnaval, como amplamente praticado, está associado a excessos, nudez, sensualidade e imoralidade, o que contrasta com os valores cristãos de santidade e separação do mundo (1 Pedro 1:15-16).
A Bíblia nos chama a sermos luz em meio às trevas (Mateus 5:14-16), mas também nos alerta a não nos conformarmos com este mundo (Romanos 12:2) e a não nos associarmos com obras infrutíferas das trevas (Efésios 5:11).
Evangelizar os perdidos é um mandamento, mas a questão central é como e onde isso é feito. Jesus, por exemplo, evangelizava pecadores, mas nunca participava de suas práticas.
Ele ia aonde os pecadores estavam, mas sem comprometer a sua santidade. Um cristão que decide estar presente no carnaval com o objetivo de evangelizar deve refletir se sua presença está realmente glorificando a Deus ou se ele está apenas se misturando ao ambiente, sem causar impacto real.
O apóstolo Paulo ensina que tudo nos é lícito, mas nem tudo convém (1 Coríntios 10:23). Se o ambiente é de pecado e promove tudo o que Deus condena, qual a eficácia e o testemunho de alguém que se diz cristão, mas se envolve nisso?
Evangelizar não exige necessariamente estar dentro desse contexto, mas pode ser feito de outras formas, como abordagens externas, iniciativas em locais neutros e meios que não comprometam os princípios da fé.
Diante disso, a questão não é apenas se evangelizar no carnaval é possível, mas se é o melhor caminho para um cristão cumprir seu chamado sem se expor ao risco de comprometer sua fé e testemunho.
Afinal, estamos influenciando ou sendo influenciados?
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