Nasci e cresci dentro de uma igreja pela qual tinha profunda consideração. Durante anos, estive presente em seus cultos, me alimentando do que era pregado e participando de suas práticas. No entanto, com o passar do tempo, percebi que o pouco evangelho que ali havia foi se diluindo, até perder completamente a linha da verdade bíblica. As mensagens que antes deveriam exaltar a Cristo e confrontar o pecado foram sendo reduzidas a repetições de jargões que giravam sempre em torno de bênçãos terrenas ou ameaças de condenação . Era comum ouvir frases como: “Deus vai mudar o seu cativeiro; em sete dias eu faço uma obra; não coloque a sua mão porque eu vou colocar a minha; eu vou exaltar a sua cabeça; eu vou tirar você de baixo e colocar em cima” (normalmente se referindo a uma causa na justiça); “até a meia-noite de hoje eu faço uma obra”; “se seus inimigos não se arrependerem ou voltarem atrás, eu mandarei para a sepultura e você terá liberdade”; “a pedra irá rolar”. Embora ditas com en...
Todos nós já passamos por situações em que a tentação parecia irresistível. Ela sempre se apresenta de forma atraente, agradável aos olhos e sedutora ao coração. O inimigo sabe exatamente como nos abordar: jamais oferece o pecado em sua forma mais repulsiva, mas sempre em sua embalagem mais encantadora. É nesse ponto que muitos caem, confundindo prazer momentâneo com liberdade, quando na verdade é uma armadilha que aprisiona. A Bíblia nos lembra de que a tentação em si não é pecado, mas ceder a ela, sim. Tiago escreve: “Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, após se consumar, gera a morte” (Tiago 1:14-15). A tentação começa na mente, passa pelo coração e se transforma em ação se não for resistida. Um exemplo claro está na vida de Jesus. No deserto, Ele foi tentado diretamente por Satanás (Mateus 4:1-11). O inimigo tentou seduzi-lo pelo apetite (“transforme estas pedras e...