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A FÉ QUE JUSTIFICA TAMBÉM SANTIFICA: Um chamado ao verdadeiro cristianismo.

O significado da fé tem sido amplamente diluído por uma compreensão rasa ou até distorcida. No entanto, a afirmação de John Piper nos convida a um exame profundo: “A fé que justifica é uma fé que também santifica.

O teste para saber se a nossa fé é o tipo de fé que justifica é se ela é o tipo de fé que santifica.” Essa frase nos leva diretamente ao coração do Evangelho bíblico. A fé, no contexto das Escrituras, não é apenas um sentimento vago de crença ou aceitação intelectual de Deus, mas uma confiança viva, ativa e perseverante em Cristo.

O autor de Hebreus 11:1 define: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.” Ou seja, fé é uma resposta sobrenatural do coração ao chamado de Deus, produzida pela ação do Espírito Santo. Não se trata de obra humana, mas é dom de Deus (Efésios 2:8-9), e como tal, jamais se apresentará estéril.

Essa fé é o único meio pelo qual o ser humano pode ser justificado diante de Deus. Justificação, biblicamente, é o ato jurídico de Deus declarar justo o pecador, com base exclusivamente na obra perfeita de Cristo.

Em Romanos 5:1, Paulo diz: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” Ou seja, o que nos reconcilia com Deus não são méritos próprios, mas a justiça imputada de Cristo recebida pela fé. Mas essa fé nunca vem sozinha.

A fé salvadora, genuína, nunca se limita ao momento da conversão; ela continua produzindo frutos visíveis. Por isso, Piper enfatiza que a fé que justifica é a mesma que santifica. A santificação é o processo contínuo pelo qual o crente é transformado, dia após dia, à semelhança de Cristo, por meio da Palavra e do Espírito Santo.

Como declara 2 Coríntios 3:18: “Somos transformados de glória em glória na mesma imagem.” Isso significa que a graça que nos salvou é a mesma que nos conduz em obediência e transformação. Já Tiago 2 nos lembra que a fé sem obras é morta. Não que as obras justifiquem, mas elas evidenciam uma fé viva e autêntica.

A graça salvadora jamais é inoperante; ela sempre transforma o coração, os desejos, os hábitos e o caráter daquele que crê. Cristo mesmo disse: “Pelos seus frutos os conhecereis” Mateus 7:16. Uma fé que não conduz a uma vida de arrependimento, renúncia e santidade, não é fé salvadora, é apenas uma ilusão religiosa.

Diante disso, o verdadeiro teste da fé cristã não é apenas um momento no altar ou uma oração feita no passado. O verdadeiro teste é a transformação contínua de vida. A justificação nos livra da condenação do pecado; a santificação nos livra do poder do pecado em nossa vida diária. Ambas caminham juntas. Uma fé que verdadeiramente recebeu o Cristo salvador, também seguirá o Cristo Senhor.

Portanto, que nos examinemos à luz da Palavra. Temos uma fé que apenas professa ou uma fé que transforma? A fé que justifica jamais será isolada; ela vem acompanhada da obra santificadora do Espírito Santo. Que não nos enganemos com uma fé estagnada ou apenas intelectual. O Evangelho chama a uma fé viva, que crê para justificação e caminha em santificação.

Essa é a fé bíblica. Essa é a fé que salva.

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