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Mostrando postagens de 2025

ENTRE A TRADIÇÃO HUMANA E O EVANGELHO DE CRISTO: Quando a pregação perde o foco e a Palavra deixa de ser o centro.

Nasci e cresci dentro de uma igreja pela qual tinha profunda consideração. Durante anos, estive presente em seus cultos, me alimentando do que era pregado e participando de suas práticas. No entanto, com o passar do tempo, percebi que o pouco evangelho que ali havia foi se diluindo, até perder completamente a linha da verdade bíblica. As mensagens que antes deveriam exaltar a Cristo e confrontar o pecado foram sendo reduzidas a repetições de jargões que giravam sempre em torno de bênçãos terrenas ou ameaças de condenação . Era comum ouvir frases como: “Deus vai mudar o seu cativeiro; em sete dias eu faço uma obra; não coloque a sua mão porque eu vou colocar a minha; eu vou exaltar a sua cabeça; eu vou tirar você de baixo e colocar em cima” (normalmente se referindo a uma causa na justiça); “até a meia-noite de hoje eu faço uma obra”; “se seus inimigos não se arrependerem ou voltarem atrás, eu mandarei para a sepultura e você terá liberdade”; “a pedra irá rolar”. Embora ditas com en...

VENCENDO AS TENTAÇÕES: Como dizer não ao pecado e sim a Cristo.

Todos nós já passamos por situações em que a tentação parecia irresistível. Ela sempre se apresenta de forma atraente, agradável aos olhos e sedutora ao coração. O inimigo sabe exatamente como nos abordar: jamais oferece o pecado em sua forma mais repulsiva, mas sempre em sua embalagem mais encantadora. É nesse ponto que muitos caem, confundindo prazer momentâneo com liberdade, quando na verdade é uma armadilha que aprisiona. A Bíblia nos lembra de que a tentação em si não é pecado, mas ceder a ela, sim. Tiago escreve: “Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, após se consumar, gera a morte” (Tiago 1:14-15). A tentação começa na mente, passa pelo coração e se transforma em ação se não for resistida. Um exemplo claro está na vida de Jesus. No deserto, Ele foi tentado diretamente por Satanás (Mateus 4:1-11). O inimigo tentou seduzi-lo pelo apetite (“transforme estas pedras e...

NEM SEMPRE O QUE QUERO É O QUE DEUS QUER: Rendendo-se ao plano perfeito.

Todos nós já experimentamos momentos em que nossos planos não saíram como imaginávamos. Oramos, desejamos intensamente algo, fizemos projetos e, de repente, a resposta de Deus foi “não” ou “ainda não”. Nessas horas, surge a frustração, o questionamento e até a dúvida: “Se eu desejo tanto e não é algo ruim, por que Deus não concede?” A verdade é que nem sempre o que queremos é o que Deus quer. O Senhor vê além do presente, conhece nosso futuro e nos conduz por caminhos que, embora às vezes dolorosos, sempre cooperam para o bem daqueles que o amam (Romanos 8:28). Jesus nos deixou o maior exemplo de rendição à vontade do Pai. No Getsêmani, em agonia, Ele orou: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39). O Filho desejava ser poupado do sofrimento, mas submeteu-se ao plano eterno da redenção. Se até Cristo, em sua humanidade, precisou alinhar sua vontade à do Pai, quanto mais nós precisamos aprender a nos render. O...

CRER NÃO É SENTIR: Como viver pela fé e não por emoções.

Em nossa caminhada, muitas vezes confundimos fé com emoção. Pensamos que estar firmes no Senhor significa sentir constantemente alegria, paz e fervor espiritual. Mas quando as lágrimas descem, quando o coração se esfria ou quando não vemos respostas imediatas, logo nos perguntamos: “Será que perdi a fé?” A verdade é que a fé não se sustenta em sentimentos, mas na confiança firme na Palavra de Deus. Vivemos em uma geração que valoriza intensamente o que é sentido. O mundo ensina que se algo emociona, é verdadeiro; se deixa de emocionar, perde o valor. Esse pensamento muitas vezes invade a vida espiritual. Alguns acreditam que sua salvação depende do quanto sentem a presença de Deus; outros avaliam a eficácia da oração pela intensidade de suas emoções. No entanto, a Bíblia nos convida a um caminho mais sólido: “Porque andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5:7). Fé é certeza no que Deus disse, ainda que não haja emoção que a confirme. O exemplo de Abraão nos ajuda a compreend...

EXCLUSÃO OU RESTAURAÇÃO? Por que muitas igrejas afastam em vez de cuidar.

Todos nós já ouvimos ou vimos casos de irmãos que, em momentos de fraqueza espiritual ou queda moral, foram mais julgados do que acolhidos pela igreja. Muitas vezes, em vez de encontrarem no corpo de Cristo um lugar de cura, acabaram sendo afastados, excluídos ou silenciados. Esse tipo de postura gera feridas profundas, tanto no coração do membro quanto no testemunho da comunidade. A pergunta que ecoa é: por que tantas igrejas preferem excluir a ovelha ferida em vez de cuidar dela? Parte da resposta está em nossa dificuldade humana de lidar com o pecado dos outros. Julgar e afastar parece mais fácil do que se envolver, chorar junto, discipular e restaurar. O apóstolo Paulo nos lembra, porém, que a postura correta é outra: “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, devem restaurar essa pessoa com espírito de mansidão. E cuidem-se para que vocês também não sejam tentados” (Gálatas 6:1). A palavra-chave aqui é “restaurar” e não excluir. Um exemplo bí...

CAMINHANDO COM FÉ EM DIAS NUBLADOS: A luz de Cristo brilha mesmo por trás das nuvens.

Todos nós enfrentamos dias nublados na caminhada da fé. São aqueles períodos em que as respostas parecem tardar, as orações ecoam em silêncio e o coração se enche de incerteza.  É como caminhar sob um céu encoberto, sem ver a luz do sol, mas sabendo que ele continua lá, brilhando por trás das nuvens. A vida cristã não nos poupa das tempestades, mas nos dá a certeza de que a presença de Cristo é constante, mesmo quando não podemos enxergá-la claramente. A Palavra de Deus nos lembra disso em (2 Coríntios 5:7): “Porque andamos por fé e não pelo que vemos”. A fé não depende das circunstâncias visíveis, mas da confiança em quem Deus é. Nos dias nublados, quando a alma vacila, a fé nos sustenta porque se apoia no caráter imutável do Senhor. Um exemplo marcante está na vida de Jó. Ele atravessou dias escuros de dor, perda e silêncio de Deus. Seu coração foi esmagado pela dor, mas ele declarou: “Eu sei que o meu Redentor vive e que, por fim, se levantará sobre a terra” (Jó 19:25). Jó não...

APLAUDINDO A INIQUIDADE: Quando a morte é celebrada e a vida é desprezada.

Tenho insistido sempre neste ponto: as redes sociais e a comunicação imediata potencializam reações humanas de forma intensa, algumas de compaixão genuína, outras, infelizmente, de escárnio e crueldade. Recentemente, isso ficou claro com a morte de Charlie Kirk, ativista conservador nos Estados Unidos. Após seu assassinato em pleno discurso, o que chocou ainda mais não foi apenas a violência, mas a reação de muitos: pessoas comemoraram a tragédia nas redes sociais, como se a perda da vida de um homem fosse motivo de festa. Isso mostra até que ponto a iniquidade tem sido aplaudida em nossa geração. A Palavra de Deus já nos alertava sobre esse cenário. O apóstolo Paulo escreveu: “Ora, eles, conhecendo a sentença de Deus de que são passíveis de morte os que praticam tais coisas, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem” (Romanos 1:32). Ou seja, o pecado não apenas é praticado, mas também celebrado. Aplaudir a iniquidade é tão grave quanto cometê-la. Mas algo curioso...

SALVOS, MAS SEM CERTEZA: Como vencer a dúvida da salvação com base bíblica.

Muitos cristãos vivem aprisionados por uma inquietação silenciosa: “Será que sou mesmo salvo?” Apesar de conhecerem o Evangelho, de participarem da igreja e até de servirem em ministérios, convivem com a angústia da incerteza. A cada queda, a cada fraqueza espiritual, surge a dúvida. É como alguém que possui um documento de identidade, mas nunca tem coragem de apresentá-lo, por não acreditar que realmente lhe pertence. Essa insegurança rouba a paz, fragiliza a fé e paralisa a vida cristã. Essa realidade não é apenas atual. No primeiro século, muitos crentes também enfrentaram dúvidas quanto à salvação. Foi por isso que o apóstolo João escreveu: “Estas coisas lhes escrevi a fim de que vocês saibam que têm a vida eterna, vocês que creem no nome do Filho de Deus”  (1 João 5:13). A intenção do apóstolo era clara: Deus não deseja que Seus filhos vivam inseguros, mas firmes na certeza da obra consumada por Cristo. A dúvida não vem de Deus, mas da nossa limitação humana e das setas lanç...

A CRUZ AINDA OFENDE: Vivendo com ousadia em tempos de neutralidade.

Numa era em que a neutralidade é exaltada como virtude, muitos preferem não se posicionar, não expressar convicções claras, para não ofender, não contrariar, não perder aceitação. Contudo, a cruz de Cristo jamais foi neutra. Desde o primeiro século, ela ofende porque expõe a realidade do pecado humano e a necessidade absoluta de redenção. O apóstolo Paulo afirmou com clareza: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus”  (I Coríntios 1:18). Quando olhamos para os dias atuais, percebemos que vivemos um tempo muito parecido com o de Paulo. Em meio ao politeísmo grego e à religiosidade judaica, ele não negociou sua mensagem: pregava Cristo crucificado, escândalo para uns e loucura para outros (I Coríntios 1:23).  Hoje, em meio a um mundo que relativiza tudo, que rejeita verdades absolutas e prefere a conveniência à fidelidade, a cruz continua soando como afronta. Ela desmascara o orgulho humano, confron...

ENFRENTANDO INCERTEZAS COM CONFIANÇA NO SENHOR: Quando tudo parece instável, a fé é o nosso alicerce.

Em um tempo marcado pela velocidade da informação e pelas mudanças repentinas. Uma notícia inesperada pode alterar os rumos de uma família; uma instabilidade econômica pode abalar a segurança de anos de trabalho; uma enfermidade repentina pode trazer dúvidas e temores sobre o futuro. Quem nunca se sentiu perdido diante de uma situação inesperada, sem saber qual decisão tomar? Essas incertezas, tão presentes em nossos dias, revelam a fragilidade da vida humana e nos lembram que o controle absoluto nunca esteve em nossas mãos. A Bíblia nos mostra que homens e mulheres de fé também enfrentaram esse mesmo dilema. Abraão partiu de sua terra sem saber para onde iria, sustentado apenas pela voz de Deus que dizia: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei”  Gênesis 12:1. José foi vendido como escravo sem entender os planos de Deus, mas no fim reconheceu: “Vocês intentaram o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem” Gênesis 50:20. Esses...

A VITÓRIA DE CRISTO E OS DONS DERRAMADOS SOBRE NÓS: Quando a Palavra permanece no coração, mesmo em meio às limitações, é porque Deus tem um propósito eterno.

Desde criança, sempre enfrentei dificuldades para memorizar textos e detalhes, em especial por causa de problemas no sono que afetaram minha memória. Muitas lembranças, histórias e até sonhos se perderam ao longo da vida. Mas existe um episódio que até hoje guardo no coração. Eu tinha apenas oito anos quando visitei meus avós em Campinas e, em um culto de jovens, precisei decorar um versículo para recitar. Lembro-me de minha mãe lendo o texto para mim enquanto eu me arrumava naquela manhã. Naquele momento, as palavras não fizeram tanto sentido, mas eu as decorei. O tempo passou, já são mais de trinta e cinco anos e aquele versículo jamais saiu da minha mente: “Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens” Efésios 4:8. Esse detalhe da minha vida sempre me impressionou. Como algo que aprendi em poucas horas pôde permanecer em minha mente por tantos anos, quando tantas outras memórias se perderam? Isso me ensina que a Palavra de Deus, quando plantada em n...

NOSSO CORAÇÃO EM MEIO AO CAOS: Vivendo uma fé sem negligenciar a vida.

Ontem estava congregado e o sermão me trouxe vários pensamentos e confrontações. Em meio à adoração e à exposição da Palavra, percebi o quanto temos sido tragados pela rotina, pelas pressões invisíveis e pelas exigências que nos cercam por todos os lados, sejam elas pessoais, familiares, sociais ou espirituais. Vivemos numa era marcada por estímulos ininterruptos, metas inalcançáveis, autocobrança e frustrações silenciosas. Somos pressionados a manter a forma física, não apenas por estética, mas por saúde; a ter boa alimentação, regular o sono, cuidar da mente, do corpo e da alma... mas conseguimos de fato colocar tudo isso em prática com a constância e intensidade necessárias? Lutamos contra o tempo, contra a fadiga física e mental, contra os nossos próprios limites. A saúde, por exemplo, é uma preocupação legítima, mas nem todos têm acesso a um plano digno, o que gera insegurança. Os pais, ao olharem para os filhos, sentem-se, muitas vezes, derrotados diante de uma geração sedenta po...

A INQUIETAÇÃO QUE VEM DO ESPÍRITO SANTO: O confronto que transforma.

É comum que, em nossa caminhada cristã, sejamos tentados a permanecer na zona de conforto. Afinal, ela nos proporciona certa estabilidade, previsibilidade e até segurança emocional. O problema é que esse conforto muitas vezes se torna uma prisão invisível que nos impede de experimentar a plenitude da vontade de Deus. Muitos cristãos hoje escolhem o caminho mais fácil, não porque estão plenamente convencidos, mas porque têm medo das mudanças. Pensam: “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”, “Em time que está ganhando não se mexe”, “Melhor não mexer com o que está quieto”,  “ Trocar seis por meia dúzia? ”  Outros se perguntam: “E se eu me arrepender depois?”, “Como deixar para trás amigos, tradições e uma vida social construída por anos?”. Essas expressões e dúvidas revelam uma crise existencial e espiritual, um confronto entre o que somos hoje e o que Deus está nos chamando a ser.  A inquietação que nasce nesses momentos não é casual. Para os que têm o Espírito Sa...

QUANDO A IGREJA DISTORCE A VERDADE: Discernindo a doutrina entre tradição e escritura.

Em muitos lugares, o evangelho tem sido proclamado com aparência de piedade, mas sem o poder transformador da Palavra. O que vemos, infelizmente, é uma substituição sutil e às vezes escancarada da autoridade das Escrituras pela autoridade da tradição humana. Igrejas inteiras passam a girar em torno de normas não bíblicas, costumes enraizados, regras feitas por homens, criando um ambiente onde a Escritura é citada, mas não obedecida; reverenciada, mas não compreendida; exaltada, mas não praticada.  Essa distorção da verdade acontece de forma perigosa quando tradições passam a ocupar o lugar da Bíblia. Aquilo que deveria ser apenas um costume cultural ou uma forma específica de prática local torna-se regra de fé e conduta, como se tivesse sido ordenado diretamente por Deus. O resultado? Fardos pesados são colocados sobre os ombros das pessoas, a liberdade cristã é sufocada e a graça é ofuscada por rituais vazios. Jesus confrontou esse mesmo problema com os fariseus do seu tempo, dize...

A CULTURA DO CANCELAMENTO E O CRISTÃO: Permanecer fiel a Cristo quando a verdade custa caro.

Numa era marcada por julgamentos rápidos, linchamentos digitais e condenações públicas instantâneas. A chamada “cultura do cancelamento” é o reflexo de uma sociedade que, em nome da justiça própria, assume o papel de juiz e muitas vezes sem misericórdia. Uma palavra fora do “padrão”, uma opinião impopular, uma verdade que confronta e lá está a multidão pronta para apagar, punir e expor. Em meio a tudo isso, surge a pergunta: como o cristão deve se posicionar diante de uma cultura que não tolera a verdade do Evangelho? Jesus já havia advertido: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim” João 15:18. O cristianismo autêntico sempre foi contracultural. Ser luz no meio das trevas nunca foi confortável e hoje não é diferente. Quando um cristão decide viver pela verdade, ele automaticamente se torna alvo da oposição daqueles que rejeitam a luz. Não porque busca polêmica, mas porque a Palavra de Deus, por si só, confronta o pecado e expõe o erro. A cultura do can...

AMOR QUE NÃO ESPERA RECOMPENSA: Uma resposta cristã ao egoísmo travestido de autocuidado.

Sem dúvidas, há dias em que o amor está sendo redefinido por uma cultura centrada no "eu". Frases como “ame-se primeiro”, “não se sacrifique por ninguém”, “ninguém sente sua dor” e “você vem em primeiro lugar” se tornaram comuns. Publicações nas redes sociais apelam para a exaustão emocional das pessoas e oferecem uma solução perigosa: pare de servir, pare de se doar, viva para si. À primeira vista, tudo isso parece fazer muito sentido. Mas quando colocamos essas ideias diante da Palavra de Deus, percebemos que há algo profundamente errado. Vi uma postagem que dizia “continue dando atenção a quem não te valoriza, e adoeça...” sugere que devemos colocar limites no amor com base no retorno que recebemos. Mas será que isso é bíblico? Será que é assim que Deus nos amou? Jesus Cristo nos amou quando nós ainda éramos pecadores, inimigos, indiferentes à Sua presença (Romanos 5:8). Ele se entregou por nós não porque merecíamos, mas porque o amor verdadeiro é doação, não barganha. O m...

DEVORANDO TUDO, MENOS A PALAVRA DE DEUS: A urgência de voltar à leitura bíblica diária.

Estamos em uma era de muito excesso. Informações nos cercam por todos os lados: vídeos curtos, mensagens instantâneas, opiniões em massa, entretenimento 24 horas por dia. As pessoas devoram notícias, séries, podcasts, redes sociais e uma avalanche de conteúdos e, ironicamente, cada vez menos se alimentam da única Palavra que dá vida: a Bíblia. Vivemos numa geração faminta, mas desnutrida espiritualmente. Há sede de direção, consolo, sabedoria, mas poucos têm se disposto a buscar isso na fonte certa. O profeta Amós já alertava que chegariam dias em que haveria fome “não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” Amós 8:11. Estamos nesses dias. Muitos corações estão correndo atrás de tudo, menos daquilo que pode verdadeiramente sustentá-los. A Bíblia não é um acessório da vida cristã, ela é o alicerce. “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” Mateus 4:4. Sem a Escritura, nossa fé murcha, nossas decisões se tornam carnais, n...

ESPIRITUALIDADE SEM BÍBLIA? O perigo de ignorar a palavra em nome de experiências.

Em tempos marcados por uma busca intensa por experiências espirituais. Há um desejo crescente por sentir, por ver, por tocar o sobrenatural. Embora o anseio por Deus seja legítimo, o caminho que muitos têm tomado para encontrá-Lo tem sido, perigosamente, um desvio da centralidade da Palavra. Vivemos uma geração que, em nome da espiritualidade, ignora as Escrituras e isso é um risco real para a saúde da fé cristã. A Bíblia é clara ao afirmar que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Cristo (Romanos 10:17). É por meio da Palavra que conhecemos a Deus, que discernimos Sua vontade, que identificamos o engano e somos transformados pela verdade. Qualquer experiência espiritual que não esteja fundamentada ou submetida às Escrituras se torna subjetiva, frágil e, muitas vezes, enganosa. Jesus mesmo nos advertiu: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” Mateus 7:21. A vontade do Pai é revelada em Sua ...

PREPARADOS PARA O AMANHÃ: A morte à luz da esperança cristã.

Em um mundo onde tudo tem início, meio e fim. O ciclo da vida humana: nascer, viver e morrer é uma certeza inquestionável. No entanto, por mais que saibamos disso racionalmente, muitos ainda vivem com medo do fim inevitável. Por que será? Talvez pelo desconhecimento do que vem depois, pela incerteza quanto ao destino eterno, ou pelo apego àquilo que construímos e amamos aqui. Mas para o cristão, a morte não é um ponto final, é apenas uma vírgula na eternidade com Deus. O apóstolo Paulo expressou com firmeza: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”  Filipenses 1:21. Essa declaração poderosa revela uma verdade essencial da fé cristã: viver com propósito em Cristo é glorioso, mas morrer com Cristo é ainda melhor. Por quê? Porque a morte, para o salvo, é o portal para a presença eterna do Senhor, onde não haverá mais dor, lágrimas ou separações (Apocalipse 21:4). Mesmo com essa esperança, é natural que venham questionamentos. “E minha família?” “Meus bens?” “O que s...

CRISTÃOS DESIGREJADOS E A PERIGOSA APARÊNCIA DE PIEDADE.

“Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” 2 Timóteo 3:5 Uma geração que se contenta com a estética da fé, mas que nega o seu poder transformador. Muitos professam ser cristãos, mantêm um linguajar religioso, têm reverência externa, talvez até ocupem cargos ou ministérios, mas por dentro vivem vazios, desanimados, e espiritualmente mortos. Essa é uma das marcas dos últimos dias, como Paulo advertiu a Timóteo (2 Timóteo 3:1-5). A crise dos “quase desigrejados” ou dos “frequentadores formais” é real. Muitos perderam o encanto pela comunhão, pela palavra, pela adoração verdadeira, pela missão. Alguns até continuam nos bancos das igrejas, mas com o coração distante, anestesiado pela rotina religiosa. Outros já se afastaram completamente, alegando feridas, frustrações ou desacordos com a instituição, e agora tentam viver uma fé solitária e sem corpo. O cristão foi chamado para a comunhão. A igreja não é uma opção, é o corpo de Cristo, do qual Ele é o cabeça...

VENCENDO A ANSIEDADE COM A PAZ DE DEUS.

Como é difícil viver em tempos marcados pela inquietação. A correria da vida, os compromissos, os medos do futuro e as incertezas da sociedade têm levado muitos a um estado constante de ansiedade. No entanto, a Palavra de Deus não ignora essa realidade humana; antes, oferece uma resposta profunda e restauradora àqueles que estão aflitos: a paz que vem do alto. O apóstolo Paulo, escrevendo da prisão, encoraja os crentes de Filipos com palavras poderosas: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” Filipenses 4:6-7. Aqui, vemos um convite claro: entregar nossas preocupações a Deus por meio da oração, em atitude de confiança e gratidão. Deus não apenas ouve nossas súplicas, mas nos envolve com Sua paz que ultrapassa qualquer lógica ou explicação humana. A ansiedade, muit...